Passione i valorizzazione

Autores/as

  • Paolo Fabbri Universidade de Palermo Autor/a
  • Lucrecia Escudero Universidade de Rosário Autor/a

Resumen

Lucrécia Escudero, semioticista da Universidade de Rosário, Argentina e atualmente editora da revista DeSignis, entrevista o semioticista italiano da Universidade de Palermo, Paolo Fabbri (1939-2020), e nos oferece um percurso à compreensão sobre o lugar das paixões nas investigações semióticas. Com referência a uma conferência de Fabbri que aconteceu no Centro Internacional de Semiótica de Urbino, a conversa se desenvolve em busca do entendimento acerca dos conceitos Paixão e Valorização. Para Fabbri este entendimento é crucial: por um lado ele buscou entender o problema da paixão, e por outro lado, o problema da valorização, sempre a partir da compreensão de que a paixão está ligada à valorização.

A valorização é um fenômeno muito geral, especificado por sua dimensão passional. Enquanto a teoria do passional sempre esteve ligada à psicologia social e também à sociologia como um tópico relevante, a análise semiótica, organizada preferencialmente em torno de problemas de articulação semântica e frequentemente - na versão americana - a verdade, não deixou espaço para a problemática de uma dimensão passional.

Essa dimensão foi geralmente rejeitada na dimensão conotativa da linguagem, segundo Fabbri. Já o problema do valor, tradicional na sociologia ou na psicologia social - e, em geral, nas ciências humanas - também não foi enfatizado na semiótica, porque a semiótica tendia a ler o valor como puro valor diferencial. Esta é a explicação das razões pelas quais a paixão foi deixada de lado pela semiótica, no entanto, agora retoma e torna-se bastante central nas investigações, impulsionada pelas reflexões de Greimas a partir dos anos 70.

Problematizando a compreensão sobre a temática, Fabbri entende que a paixão é o mesmo que ação, vista do ponto de vista de quem a recebe e a paixão é uma posse passiva, no sentido daquele que de alguma forma recebe a ação. Para finalizar, Fabbri reconhece o valor da semiótica no estudo das paixões, distanciando-se de outras regionalidades científicas, como a Filosofia, centrada em modelos binários e agregativos que descreviam as paixões como hierarquias de estados. A semiótica busca aportar relevo e complexidade à reflexão ao concentrar-se nas nuanças que constituem e estruturam as paixões humanas.

Publicado

2024-12-23

Número

Sección

Artigos