Fondement de la philosophie pragmatique du langage dans la sémiotique transcendantale

Resumen

O filósofo alemão, professor emérito da Johann Wolfgang Goethe-Universität, presidente da Charles S. Peirce Society em 2000, Karl-Otto Apel (1922-2017) nos oferece uma reflexão refinada sobre os fundamentos da filosofia pragmática da linguagem no caminho da constituição de uma semiótica transcendental.

Em alinhamento com o pragmatismo de Peirce, Apel afirma que o intérprete do signo não pode se limitar à posição de um observador dos fatos do mundo ou, em suas palavras, não pode ter o “comportamento mediador dos signos” apenas. Ele é obrigado a produzir uma relação comunicativa com o signo a ser interpretado; uma relação determinada pela previsão heurística do possível consenso intersubjetivo de todos os possíveis intérpretes de signos, um consenso relativo aos requisitos de validade ligados aos atos de fala (significado, verdade, veracidade, correção normativa...).

Mas adverte Apel que isso implica que não podemos mais ignorar a dimensão hermenêutica transcendental e a dimensão pragmática transcendental da interpretação autorreflexiva real, que constitui, como uma relação sujeito-co-sujeito, a comunidade (ilimitada) da comunicação, como o sujeito transcendental da interpretação dos signos.

Em síntese, a redução empirista da dimensão transcendental da semiose deve ser ultrapassada, e deve ficar claro que a condição do requisito de validade da tese da triadicidade da relação peirciana de signo foi cumprida, como a condição real da possibilidade de conhecimento mediado semioticamente.